Bastidores do 39º Natal Luz de Gramado

Bastidores do 39º Natal Luz de Gramado

Bastidores: conheça quem esteve por trás dos espetáculos do 39º Natal Luz de Gramado!

Dia 12 de janeiro aconteceu a última apresentação do O Grande Desfile de Natal do 39º Natal Luz, encerrando a temporada do maior evento natalino do Brasil. Para que o público se encante com as apresentações, são meses de intenso trabalho técnico e artístico, e milhares de pessoas envolvidas – cerca de 1.200 vagas de trabalho são geradas e quase 500 pessoas atuam durante os quase três meses de festividades. 

Por trás dos espetáculos, profissionais de diferentes áreas trabalham desde o primeiro semestre do ano para colocar no palco e na avenida atrações de encher os olhos. “Temos uma grande equipe que se dedica o ano inteiro para fazer acontecer um evento de grande complexidade e reputação como é o Natal Luz”, explica Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, autarquia organizadora e realizadora do Natal Luz. 

Se um evento termina, o outro já começa a ser planejado. Literalmente. A edição que terminou agora, por exemplo, começou a ser pensada em fevereiro do ano passado, de acordo com Heitor Knorst, diretor do Nativitaten, cuja sessão de encerramento foi dia 11. “Quando uma temporada termina, já se começa a elaborar e construir uma nova etapa”, conta.

Estudo, concepção e planejamento;

Rodrigo Drechsler, diretor do Grande Desfile de Natal, resume todas as etapas necessárias para colocar um show com dezenas de carros alegóricos e centenas de artistas na avenida: “O desfile depende de muitos profissionais, então ele começa com o planejamento, onde são feitos os projetos, que são muitos – elétrico, estrutural – aí vêm os projetos de elenco, coreográficos, roupas, estudo”. 

Depois disso vem a parte estrutural, quando são trabalhados os veículos das alegorias, o espaço onde esses carros ficam, o alojamento das roupas, os locais para reunião do elenco, troca de figurinos, maquiagem e descanso. Tudo isso com o desafio adicional de ser tudo no centro da cidade. 

No caso do Nativitaten, a lógica é semelhante, ainda que seja outro tipo de espetáculo, com demandas específicas de cenário e efeitos com água, fogo e pirotecnia. Somado a tudo isso, há o suporte da Gramadotur, autarquia municipal responsável por todos os eventos públicos da cidade. “A Gramadotur é extremamente importante, tem uma participação árdua, com pessoas que têm um conhecimento muito aprofundado, além das equipes diretiva e técnica que trabalham para fazer acontecer”, destaca Knorst.  

Figurinos;

Finalizados os projetos, quando já se sabe a história que será contada, é hora de vestir o elenco. Aqui entra em ação a mente criativa de Maurício Goulart. Natural de Florianópolis (SC), e formado em design de moda, mora há 10 dos seus 39 anos em Gramado. Mesmo trabalhando no Natal Luz em outras frentes desde sua chegada à serra, esse é seu primeiro ano como figurinista do evento. 

Um processo minucioso começa com o roteiro do espetáculo. “A gente precisa do roteiro, saber quais alas entrarão na avenida, quais setores, que tipo de artista vai ocupar cada ala, para daí, sim, a gente buscar referências daquilo que a gente acha competente para cada setor”, relata Goulart.  

Desenhados os figurinos e após a aprovação da equipe diretiva, é necessária uma conversa com o coreógrafo. “Eu preciso saber se o figurino que eu estou querendo criar vai atrapalhar na execução da coreografia, vai limitar movimento, se esse figurino vai ser para uma ala infantil ou para uma ala adulta”, explica o profissional de moda. Só então a confecção das peças é encaminhada para execução.  

Coreografia'

Além de muita luz e cor, o evento é marcado por música e dança. À frente das coreografias, está o pelotense Nicolas Rodrigues, que começou sua trajetória no mundo circense e que também está há 10 anos na Região das Hortênsias. Liderando uma equipe de mais três coreógrafos, que muitas vezes trabalharam simultaneamente nas incontáveis horas de ensaios, ele explica que a atuação precisa estar alinhada a todo o restante, para dar ritmo e movimento à narrativa. “Durante o processo, a gente vai tendo as ideias, vai construindo a interação das alas, definindo quais alas vão interagir entre si, com a plateia e com um carro alegórico”, contextualiza Rodrigues. 

Na linha do que conta o colega figurinista, ele explica que tudo precisa “conversar”. “É necessário pensar na coreografia que vai funcionar com aquele figurino e que vai funcionar para aquela personagem e fazer tudo isso antes da montagem final do espetáculo”, diz ele, completando que, mesmo no palco ou na avenida, as coreografias ainda podem sofrer pequenas alterações, numa dinâmica quase ininterrupta: “Mesmo depois, quando a gente chega na avenida, as coreografias ainda sofrem adaptações, porque por mais que a gente ensaie, o tempo e o ambiente dentro do pavilhão são completamente diferentes, na rua as coisas são muito vivas”. 

Elenco vestido, equipes em cena, entra em ação o contra-regra, feito pelo artesão Uruguaio Rafael Fajardo Corales, de 55 anos, 23 dos quais em Gramado e seis no Natal Luz. “O trabalho do contra-regra consiste em ajudar os artistas com os figurinos e adereços, conferir se está tudo certo, se não tem nada avariado e, se for o caso, fazer reparos, como colar sola de um sapatos, costurar uma peça, consertar os adereços que se danificaram durante a apresentação”, compartilha. 


Antes de entrar em cena;

São muitos meses de preparação até que comece mais uma edição do Natal Luz e muitas horas antes de cada espetáculo. O ator e cantor canelense de 27 anos, Alisson Ariel, que participou dos dois espetáculos, precisava de, pelo menos, uma hora e meia para se vestir, fazer a maquiagem e aquecer a voz. 

Caroline Thoen, gramadense de 40 anos, há 32 atuando no Natal Luz, também esteve em múltiplas frentes: num dos carros do desfile, cantando no Nativitaten e como integrante do Coro Vozes de Gramado, que fez apresentações na Rua Coberta. Ela conta que “a rotina é acordar e fazer um aquecimento vocal, diariamente, para conseguir atender toda a demanda durante o período do Natal”.

Antes de entrar em cena, toda equipe faz um ritual tradicional do universo artístico: o “merda”. “Seria um pedido de proteção, uma concentração para que todo o elenco se direcione e posicione os pensamentos na mesma direção, para que tudo dê certo”.  A tradição vem de grandes teatros, quando, antigam ter muitas pessoas na plateia significava ter muitas carruagens do lado de fora, logo, muito esterco de cavalo.  

A voz e os olhos do Natal Luz;

Quem assiste aos espetáculos do Natal Luz desde sua 27ª edição, em 2012, conhece a voz marcante do Mestre de Cerimônias. Daniel Santos iniciou gravando vinhetas e hoje é o locutor oficial. “Cheguei em Gramado em 1998, aos 18 anos, e comecei a apresentar eventos até que cheguei ao Natal Luz, que era um sonho”, chttps://compradeingressos.com.br/gramado-e-canela/parques-e-atracoes/ingresso-snowland-em-gramado#cupom=NEVE3#vendedor=661d52a4onta.

Se Daniel é a voz oficial, Cleiton Thiele pode ser considerado o dono dos olhos do evento. O gramadense é o fotógrafo oficial do Natal Luz há 25 anos. Já viveu diferentes momentos e tem em seu acervo boa parte dhttps://compradeingressos.com.br/gramado-e-canela/parques-e-atracoes/ingresso-snowland-em-gramado#cupom=NEVE3#vendedor=661d52a4a história do evento em imagens. "Só nesta edição, foram em torno de 7 mil fotos”, revela. Ao longo dos anos acumulou não apenas fotos, mas também amigos. "Essa é pra mim a época mais maravilhosa do ano, sem contar o convívio com as amizades que a gente tem", celebra.

Pauta - Conexão Conteúdo - Foto: @cleitonthiele

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Luis Sebastiani

Luis Alexandre, atua na Coordenação e Expansão Comercial do Projeto Portal de Viagem, abertura de mercado dos sites de venda de ingressos, além do desenvolvimento de pautas para Blog.

Também teve atuação por mais de 12 anos na Hotelaria da Serra Gaúcha onde desenvolveu habilidade de gerenciamento de equipes com foco da Hospitalidade.


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